domingo, 17 de outubro de 2010

Considerações finais

Oito vezes. Foi a quantidade que abri a tua janelinha no messanger só para olhar tua foto e observar algumas palavras trocadas e lembrar de algumas palavras ditas e sorrir, por dentro, só pelo fato de ter ti conhecido. Disse uma vez, aqui neste mesmo canto, que poderia parar apenas na troca de palavras e bastaria e hoje conto que não, que eu precisava ter descoberto você, ter tocado você. Eu precisava sentir teus olhos me analisando e precisava enxergar as estrelas no teu sorriso e rir. Gostosamente, das muitas atitudes bizarras e tão espontâneas. Era fato: não tinha como ser infeliz do teu lado. Você transborda alegria, garoto, mesmo quando triste.
É marca registrada tua.

Eu tentei manter o coração tranqüilo e não me apaixonar e, de inicio, tava tudo indo muito bem, obrigada. Mas precisava ser tudo tão perfeito, tão conto de fadas, tão
tudo-que-sonhei-pra-mim? Desde que ouvi teu nome, num fevereiro tão tempestivo, sabia que, ao ti conhecer, seria inevitável. Então vesti minha armadura, fingindo não me importar, não ligar, não querer saber, por mais que cada pedacinho minúsculos do meu dia fosse recheado de você. Escondi o riso cada vez que via teu nome na tela do meu celular, cuidei de mim minuciosamente na expectativa de que você viria, convidaria, que um dia estaria aqui.

Tive medo de me expor. De estragar tudo, perder contato. E tentei me satisfazer com os acasos e aceitei mendigar você... Era uma forma de ter por perto, de ti ver sorrir, de ti ver contar, de te ouvir cantar, mas isso foi me consumindo de tal maneira que passou a doer, garoto. Enlouquecia, sozinha, sem saber o que fazer. Precisava que você soubesse que eu estava tão-ai-pra-voce como te soube, um dia, e desperdicei com os meus medos bobos. E resolvi falar e sonhei que tudo ficaria bem, que era o ponto que falta, que sequer imaginei outro rumo, outras formas, outro fim. Sequer imaginei que fim.

E vi tudo desmoronando com tanta pressa e fiquei sem entender, porque não tinha nada para ser destruído, não tinha nada que ser terminado. Eu só precisava dizer que estava acima do limite do gostar e q doía. Só. não queria nada mais, não queria que chovesse como choveu a noite inteiro. Mas suporto. Apesar de, eu suporto. De tudo tão vazio que ‘ta agora, de todas as lembranças que eu teimo em não guardar, de todas as musicas que escuto só para recordar, de tudo que machuca, eu sorrio ate com os olhos, por ter tido o prazer (imenso) de um dia ter esbarrado em você e ter podido te conhecer. Fazer parte, ainda que por pouco tempo.

Agora toca los hermanos e sou obrigada a rir. Da ironia, da coincidência, sei La. Dane-se. O coração ta tranqüilo e eu ‘tÔ serena, risonha e fingindo, como sempre fiz. Para perceber, é só ver os olhos, que perderam o brilho, o riso. Dentro deles, não há mais você. E, apesar de, hoje te vejo quando me encaro no espelho, pois tive, depois de muito dizer que não, a chance de crescer. Amadurecer por dentro, amadurecer as idéias e aprender que nada deve ser calado – mas antes eu nada tivesse dito... e assim eu encerro, por um tempo ou dois tempos, esse canto aqui. Vou me dedicar ao livro, a vida. Nessas linhas, não haverá mas nada de mim. Agora virei silencio.

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