segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Pedacinhoos

hj li um texto e adaptei a tudo que ando passando, sentindo, vivenciando...

Juntando os pedacinhos de mim...

Mais de mil e quinhentos dias de dúvidas e promessas não cumpridas nos separam e o Seu vulto me assombra em lugares onde Você nunca esteve. Nunca as páginas dos livros, as teclas do micro e o cheiro de roupa lavada estiveram tão impregnados da Sua ausência.
Tenho tido pesadelos acordada às 4 da tarde em frente a caminhos comuns, cotidianos e me sinto meio morta em vida ao pensar naquilo que nunca seremos, porque não nos propusemos a tal e aceitar a situação é me deixar ainda mais sozinha e ausente de mim.
As rosas pequenininhas ou os girassóis na vitrine da floricultura me ofendem pessoalmente – são lembretes em vermelho e amarelo de tudo o que Você não me deu, de tudo que acreditei que podíamos ser, crescer, viver e sonhar.
Como se eu pudesse esquecer que Você me prometeu o idílio das noites em conchinha, brigadeiro de colher e coca gelada, uma vida a longo prazo de descobertas, risadas numa sexta repleta de trabalho..... e me deixou na alma um vazio tão grande que eu passo mais tempo perplexa tentando descobrir o que fazer com sua imensidão do que propriamente triste... como jamais imaginei que pudesse ser.
Empenhei a parte mais bonita de mim em nome de um tipo de amor sem relógios e sem réguas, onde ser melhor pra Você era o que importava, o resto era perfumaria, me debrucei na ilusão de que essa idéia – tão linda, tão louca – era nossa.
Mas ela era só minha.
Não reconheço mais os contornos do meu rosto e nem dos meus desejos agora que o espelho quebrou, e sozinha eu não consigo juntar os cacos, tem pedacinhos faltando. Aqueles que ficaram no Seu bolso, nas Suas gavetas, nas Suas palavras – eles não voltaram pra mim.
Estou exilada de tudo o que me acostumei a ser enquanto fazia parte do Seu mundo.
Por isso, em videoclipes imaginários, em flash momentâneos de vida - jogo minha cabeça sob o Seu colo e Te suplico que invente um sonho novo onde eu possa morar.

é a vida.

ouvindo: los hermanos "a flor".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diagnósticos